terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Trilhos Sustentáveis

O site Bike Radar publicou recentemente um artigo muito interessante, que basicamente é um testemunho de como os trilhos e o Moutain Bike podem ser parte integrante do desenvolvimento sustentado de uma região.
O artigo em causa foca o trabalho desenvolvido por Dafydd Davis que em meados dos anos 90 foi contratado como "guarda Florestal" com competências na área da recreação para a Floresta de Dolgellou no País de Gales.
Quando Davis entrou ao serviço só haviam trilhos pedestres marcados, que mobilizavam anualmente entre 12.000 a 14.000 visitantes. No entanto, Davis achou que o BTT seria também uma possibilidade na oferta de actividades e criou alguns trilhos segundo aquilo que achava ser do agrado dos bikers. O resultado da experiência foi o aumento de visitantes em dois anos para uns "generosos" 70.000.
Apesar do sucesso, Davis neste artigo, fala um bocado da atitude ceptica e desconfiada dos seus superiores em relação ao BTT e aos trilhos.
Actualmente o trabalho de Davis foi copiado por todo o Reino Unido e actualmente os trilhos da região de Dolgellau movimentam anualmente cerca de 150.000 visitantes.
Link enviado pelo Luís Garcia.

2 comentários:

Garcia disse...

Parece-me que a "construção" de um trilho vocacionado para bikes seria um grande passo em frente na modalidade.
O trilho deveria ter a inclinação minima para não se ter que dar ao pedal, curvas com barreiras, saltos e pequenos apontamentos de maior dificuldade, que permitisse uma fluidez constante ao longo do percurso.
Não seria um trilho de DH mas um trilho tipo "trail" fluído e rápido que possibilitasse a evolução dos praticantes.
Os trilhos que temos são trilhos "selvagens", isto é com muito pouca intervenção humana apenas moldados pela natureza e com um grau de dificuldade grande, normalmente não permitem grandes velocidades, as barreiras têm que ser inventadas e os saltos são muito poucos.
Geograficamente falando parece-me que as Furnas e as Sete Cidades apresentam as melhores condições para a criação de um trilho, ou dois, deste género, mas para que tal possa acontecer terá que haver a mobilização de algumas entidades e do pessoal ligado às bikes.

melo disse...

Nos nos Açores temos uma herança que nos foi deixada antes da era das estradas regionais e florestais.
Trata-se dos antigos caminhos de acesso pedonal e animal, aos campos e entre Fréguesias...etc.
Obviamente que muitos acessos desapareceram porque a foram sendo alargados, pavimentados enfim foram evoluindo com intuito de melhorar as condições de vida das populações.
Mas houve um grande número de vias de acesso que foram básicamente deixadas ao abandono, sendo muito pouco usados. Estes trilhos ainda existem em grande número e alguns destes proporcionam passeios de All-Moutain do melhor que se pode encontrar neste planeta.

Agora trilhos feitos de raiz, tipo bike Park já deve necessitar de um tipo tratamento diferênciado, pois têm de ser projectados, com toda a certeza têm de ser licenciados, tudo isto tem um custo e alguém terá de assumir este trabalho.
Assim sendo, surgem as questões básicas inerentes a qualquer projecto, quem? onde? quando?