domingo, 13 de julho de 2008

DT ou Damtam eís a questam!


Muito “bocas” foram já lançadas a este evento, no entanto, acho que é uma iniciativa louvável. Trata-se de um evento organizado por jovens e para jovens, numa atitude de aplaudir e contrasta com a apatia generalizada da comunidade juvenil micaelense para a prática desportiva. Acho também, que é de enaltecer esta organização pela utilização do seu tempo de férias na construção de algo que não passa por “…um som e uns copos…”.
O problema deste projecto “down town” na minha opinião está no conceito utilizado. Penso que a organização desde o início centrou-se apenas num DT e não estudou outras possibilidades.
O conceito de “down town” ou downhill urbano, como agora se denomina, está um bocado gasto e banalizado, foi usado e abusado um pouco por todo o lado, desde as grandes capitais até ás festas do bairro da paróquia mais próxima.
Na minha opinião, a organização desta prova poderia e deveria ter sido mais ambiciosa e criativa, usando toda imaginação e irreverência da sua juventude. Deveria ter tido em conta que Ponta Delgada não é propriamente uma cidade com grandes desníveis, portanto, qualquer prova envolvendo BTT’s de DH tem de envolver muito pedal para se gerar velocidade. Não nos podemos esquecer que é a velocidade que caracteriza o alto nível de execução, não nos esqueçamos também, que o melhor do mundo no nosso desporto é o mais rápido. Então se não temos um traçado em Ponta Delgada que impressione pelo seu desnível, que tal juntar algum contacto físico e alguma competição directa num desafio a quatro atletas. Talvez fosse o melhor formato para uma competição de BTT’s no traçado proposto. Já imaginaram quatro gajos a sprintar a fundo pela rua do Castilho a ver quem entra primeiro nas escadas da Riviera Lady? Querem mais espectáculo? Já imaginaram, se estes quatros indivíduos respondessem pelo nome de Lourenço, Narciso, Milton ou Jorge Medeiros? Pois, é que este formato 4X é abrangente às duas categorias do BTT.
Já dizia um velho ditado “mais vale cair em graça do que se fazer engraçado”, neste momento o DH já caiu nas graças de quem deve, não necessita de “floreados” para se fazer bonito. É uma modalidade que está em crescimento está muito bem organizada e cuidada, no entanto, o seu ritmo de crescimento está sustentado à nossa realidade e não nos podemos queixar. Temos que ter a noção que praticamos um desporto com características exclusivas, devemos ter orgulho e não podemos vendê-lo como circo a troco de “favas”.

Nota: O teor deste texto é da responsabilidade única do autor.

2 comentários:

RJG disse...

E quem fala assim não é gago.

Ludovic disse...

...A ideia é interessante... mas necessitava de uns ajustes... Nada q n se pense ;)