quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Andar mais com menos.

Desde que entrei no mundo virtual das bikes adquiri o "mau" hábito de antes ou depois do jantar passar em revista as novidades do nosso meio. Nesta consulta diária o PinkBike constitui uma paragem obrigatória, um dos melhores e dos mais actualizados, elaborado por gente do meio, que sabe dos assuntos e que normalmente andam e reportam pelos melhores trilhos do planeta.

Hoje um sr. chamado Mike Levy escreve um artigo interessante sobre algumas das suas previsões para 2012. Entre estas opiniões está uma da qual eu não poderia estar mais de acordo, que está inerente á ideologia e á evolução de muitos elementos que compõem a equipa aqui dos Trilhos de Lava, no mundo das bikes.
"More and more riders who would have previously spent most or all of their saddle time on a downhill bike are discovering how much fun they can have on a shorter travel bike, but why?" ML
É verdade sim sr. Levy, foram anos e anos andar com rigs de 200mm e quase 20kg de peso que quase podem ser substituídos pelos 150mm das atuais bikes de enduro. Porquê? As geometrias estão cada vez melhores, as suspensões também, os riders mais maduros e o gasoleo mais caro.
"Part of if is a fundamental change in how many riders look at their riding. A trail bike, or whatever you want to call it, means that you get more saddle time instead of sitting on a lift or in the back of a truck."ML
Concordo consigo sr. Levy, foram horas e horas a andar de carro em transportes para a Catedral, simply, Pedra torta, embora valendo a pena todos os segundos passados em cima da bike nestes trilhos.
"Don't take me the wrong way, racing and riding big bikes with buddies will never get old, but there is no way that those long travel beasts can give you the same bang for your buck when talking about amount of time spent on singletrack."ML
Nem mais, entrar numa prova de DH, passar o sábado á tarde a mandar descidas com os nossos amigos e comparar tempos no domingo é e será sempre espetacular. Mas um enduro num dia de sol nos singletracks da Barrosa/Lagoa do Fogo com aquela paisagem que nós conhecemos, tem e terá sempre um felling unico.
Apesar de longe do mainstream do BTT mundial, estamos em sintonia na atual tendência global da febre do uso das chamadas "short travel Bikes"  em trilhos antes dominados pelos cursos monstruosos.
Concluo este texto, apenas discordando da opinião do M. Levy sobre o Sam Hill, mas isto é assunto para outras conversas.

3 comentários:

RJG disse...

Grande post! Quanto ao Sam Hill eu concordo e espero que ele regresse ao topo, porque são riders como ele que nos fazem ficar colados ao ecra da tv ou do pc e não aqueles que ganham sempre porque são frios calculistas, muito regulares e pouco espectaculares, ex: Loebs, shumachers, Prosts e etc, sou mais adepto de Macraes,Hamiltons, Vatanens, Sennas, pilotos com sangue na guelra que ou vai ou racha e o Sam Hill é um desses, tive o prazer de ver esta descida dele em directo na net... http://www.youtube.com/watch?v=DwOvyw3lnik&feature=related

Garcia disse...

O Matt Hunter tem feito muitos kms a bordo de uma Enduro na recuperação de um ombro e podemos encontrar vídeos muito bons dele demonstrando as capacidades das 160!

melo disse...

Apesar de concordar com tudo o que o RJG disse, este ano o Gwin, o Hart, McDonald, Brosman, mais os vets Minnaar e o Gee elevaram muito a fasquia, para bem do desporto e para bem das transmissões em direto na RedBull tv (em HD) espero que o homem regresse em força. Muito sinceramente acho que não vai dominar a época como o Gwin fez no ano passado.