terça-feira, 1 de maio de 2012

O saber não ocupa lugar.

Aproveitando a presença do Downhiller Espanhol, Jordi Bago, entre nós a Monbike colocou de pé um workshop direcionado aos praticantes da modalidade.
Esta ação esteve dividida em dois dias. No primeiro dia deslocamo-nos à atual capital dos trilhos de S. Miguel, Faial da Terra, mais própriamente ao trilho do Pico Grande que segundo o Jordi é o melhor que já andou por cá. Esta sessão esteve dividida em duas partes. A primeira parte consistiu na analise do trilho e as suas linhas seguras, rápidas e outras possibilidades. A segunda parte basicamente centrou-se na técnica individual traduzida orientadas para a  fluidez no trilho, realizando-se descidas cronometradas com diferentes abordagens.
Pessoalmente achei  a troca de opiniões muito produtiva, tomei consciência de pormenores que no fim da descida fazem toda a diferença no cronometro. Posso dizer, que embora em contextos diferentes, consegui retirar mais de 30 segundos ao meu tempo da última prova. Para mim uma surpresa, pois o esforço despendido foi substancialmente menor. O Pedro Correia e o João Machado fizeram tempos verdadeiramente balísticos nesta sessão. 
O segundo dia deste workshop foi dedicado ao trabalho de Ginásio e aos saltos no atual "A-Line extreme" dos Stone Riders (o verdadeiro A-line é muito mais fácil). O trabalho revelou-se muito útil, foi-nos apresentada uma filosofia de treino diferente e muito dura e direcionada para um trabalho de potência muscular. A parte da tarde de domingo direcionada para os saltos começou algo atrasada, por isso não consegui testemunhar alguns momentos verdadeiramente históricos. Contudo consegui vencer um receio antigo e com as dicas do Rui Branco mandei-me no antigo salto grande. Mais um objetivo pessoal alcançado este fim de semana e o primeiro de muitos outros, já levantados pelo trilho abaixo sob forma de montes terra. Degrau a degrau tentarei lá chegar.
Foi um grande fim de semana, cheio de boa disposição com trocas de experiências muito produtivas. Desde já uma palavra de apreço ao trabalho do Dinís, co-auxiliado pelo Mark e sua mãe que para além da sua simpatia foram incansáveis. Um abraço e obrigado ao Jordi pela sua partilha de saber.
Deixo aqui o filme possível do 1º dia.

11 comentários:

mariano disse...

Quem fala assim não é gago! Ninguem nasce aprendido, e quando já se sabe algo nunca é tudo! Os parabéns aos que humildemente aproveitaram esse workshop, que a julgar pelas conversas trocadas no domingo de tarde com alguns dos participantes foi um sucesso! Parabéns a quem tomou tal iniciativa e que venha mais destas! Abraço e bons rides

RJG disse...

Se estivesse em boa condição fisica tinha participado neste evento, no domingo pelo menos tive oportunidade de assimilar alguma teorica. Gostei de ver o pessoal a saltar nos SR principalmente o joão Machado, mas penso que o pessoal devia fazer algumas mudanças no que esta feito no trilho, porque assim está só para alguns... quando os saltos intimidam a própria pessoa que os fez se calhar é sinal que estão exagerados, o trilho antes já gerava adrenalina e a maior parte dos saltos eram acessiveis a quase todos os riders com o minimo de andamento, neste momento a maior parte dos saltos intimidam a maior parte dos riders com algum andamento, acho que se deve evoluir mas nem 8 nem 80.
Mantenham os saltos grandes mas tornem outros mais acessiveis e sobretudo seguros para que se possa evoluir com alguma segurança, nós cá não temos profissionais, temos trabalhos e contas para pagar, os que ainda não trabalham muitos não têm pais ricos, por isso é bom que o pessoal tenha os pés assentes no chão.

P.Dinis disse...

Como participante do workshop, também gostei de aprender (ou pelo menos tentei aprender...lool) com o Jordi e restantes participantes. Saliento o excelente ambiente vivido entre todos os participantes, que fez com que tenha sido um fim de semana inesquecível, com muita partilha e inter ajuda, para que pudéssemos ultrapassar os nossos receios/medos.
Como parte organizadora do evento, prometo que haverão mais oportunidades de realizarmos outros workshops, nas próximas vindas do Jordi.

Obrigado a todos ;)

melo disse...

Quando vi pela primeira vezos novos saltos pensei logo: este gajo é doido.
A primeira impressão que se tem é que está tudo num nível muito a cima ao jeito de muito poucos e que deve ser mudado.
Eu pensava assim, mas é uma visão um bocado redutora das coisas.
Acho que foi ali criado algo para se ir ultrapassando com o passar do tempo.
claro que era muito mais cómodo chegar, saltar tudo à primeira e repetir várias vezes até fartar.
Claro que aquelas rampas vão afastar muitos, mas também vão desafiar outros.
Penso que a malta não devia se precipitar em alterar as coisas e ver aqueles saltos como um objetivo a médio, longo prazo. Até lá ir treinando os mais acessíveis até sentir que "hoje" é o dia...

tiagão disse...

Meus caros: Apesar de não ter participado no "Workshopp" Jordi/Mondraker, pelo que vi foi muito produtivo, parece-me que todos melhoraram os tempos do Faial da terra, e vi que no Domingo estavam todos de Sorriso na Boca.Quando o Jordi nos propos, no seu dia de descanso, reformular a pista dos SR,foi imediatamente aceite o desafio, é verdade que os saltos estão maiores, mas lembro-me dos primeiros que fizemos, só 2 ou 3 riders é que os faziam, e hoje estão para lá abandonados.O que vamos tentar fazer, sem mexer na distancia dos saltos, é tentar aproximar (com mesa) a chamada da receção, mas os saltos vão sempre manter a mesma distancia. Abraço a todos, e bons rides.

RJG disse...

Quando falei em mudanças estava a referir-me as receções obviamente, porque as rampas estão bem feitas e não devem ser alteradas, o facto de criar mesas ja torna as coisas mais seguras e acessiveis a muita gente.

melo disse...

Isso sim, até porque é uma progressão lógica passar da mesa para o duplo. O Jordi é da opiníão que os saltos de mesa criam vícios, eu sinceramente discordo mas é a minha opinião e a de muitos dos videos que ensinam a saltar referem isso mesmo, primeiro mesa depois duplo e triplo.
No entanto cada um tem a sua visão e até percebo a dele, pois quem se habitua a saltar mesas, tem sempre um receio acrescido de ir ao duplo. Assim sendo mais vale ir direto ao assunto e um vez dominado, dominado fica.

Crispim Borges da Ponte disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Crispim Borges da Ponte disse...

Gostei bastante do fim de semana. Além das questões técnicas que se teve oportunidade de aprender, o excelente espírito que dominou o fim de semana foi essencial para o bom sucesso.
Quanto aos saltos houve, de facto, uma grande evolução que, obviamente, não está ao alcance de todos. Assim concordo com um ou outro salto de mesa para termos um pouco de tudo. Assim tanto dá para principiante como para expert e permite uma progressão e evolução contínua do atleta. Uma vez o salto de mesa ultapassado, passa-se para o duplo e triplo. "Grão a grão enche a galinha o papo."

Gouveia disse...

Excelente iniciativa e igual vídeo! Obrigado, caro Luís (Melo), por teres "colorido" o teu excelente vídeo uma vez mais com música made in Azores! A união faz a força! Forte abraço e continuação de bons rides! Gouveia.

PPacheco disse...

Grande documentário. Excelente registo.